sábado, 12 de março de 2011

Politica em Portugal

O copo meio vazio ou meio cheio? Não, definitivamente, o copo está não só totalmente vazio, como absolutamente quebrado.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Visão Utópica

Esta sociedade ainda não percebeu que antes de reivindicarmos os direitos, temos que cumprir os nossos deveres. Pelo facto de a Constituição da República consagrar o direito ao trabalho, ela não cria trabalho nem obriga ninguém a criá-lo, tem que ser as pessoas a organizarem-se da melhor forma para o conseguir. Quando não há possibilidade de se conseguir um bom emprego, tem que sujeitar a um menos qualificado, geralmente começa-se sempre pela base.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Reconheça os Limites do Adversário

Assim que tiver estabelecido os seus limites, faça as mesmas perguntas para os limites da outra parte. Pelo historial de negociação com eles, ou com alguém idêntico, deverá ter uma boa ideia do que será a proposta deles.
A pesquisa da etapa de preparação ajudá-lo-á a perceber os objectivos principais e prováveis limites da outra parte. Pode então compará-los com os seus, para reconhecer as áreas de sobreposição e as que poderão causar alguma discussão.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Negociação e as semelhanças com o Xadrez

Negociação tem muitas semelhanças com uma partida de xadrez. Em ambas é preciso conhecer o outro "jogador", planear cada acção com cuidado; usar estratégias e tácticas para obter melhores posições e quase sempre, ceder peças para ganhar outras em troca. A grande diferença é que, numa negociação ideal, as partes envolvidas encerram o jogo igualmente vitoriosas.
Poderíamos dizer que NEGOCIAÇÃO é um processo em que partes distintas buscam a aceitação de suas ideias, interesses ou propósitos, tendo como objectivo comum o alcance de um resultado consensual que satisfaça a expectativa de ambas.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A persuasão

A persuasão significa impor subtilmente aos outros a nossa vontade, fazendo-a prevalecer sobre objecções e render a outra pessoa ao nosso modo de pensar. Um negociador experiente usa, assim técnicas de persuasão construtivas e subtis que procuram satisfazer as necessidades das duas partes.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Algumas frases úteis durante uma negociação

Por favor, corrija-me se eu estiver errado.
Reconheço o que você tem feito por mim. Mas o problema é...
Minha preocupação é em usar critérios justos.
Gostaria de resolver isso não com base no interesse pessoal ou poder, mas sim, nos princípios.
Qual é o princípio por trás da sua acção?
Deixe-me ver se entendo o que o Sr. está a dizer.
Deixe-me mostrar-lhe onde tenho dificuldade de acompanhar o seu raciocínio.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Táctica do caldeirão, também conhecida como Táctica do bode

Era uma vez um homem sábio que vivia numa pequena povoação. A dada altura uma mulher infeliz decidiu ir ter com ele, para lhe pedir um conselho. Ela vivia numa pequena casa, onde mal cabiam o marido e as duas crianças. Acontece que os pais de seu marido ficaram numa situação difícil, não tendo mais onde viver. Sendo boa, ela deixou que eles se mudassem para a casa já de si lotada. Não demorou muito para que a situação ficasse complicada. "O que devo fazer?", perguntou ela ao sábio. Ele alisou a barba, pensou um pouco e perguntou: "A senhora tem um bode?". "Sim", ela disse, "mas o que isso tem a ver com o meu problema?". "Eu sei o que fazer - leve o bode para dentro de casa uma semana e depois volte aqui". Ela seguiu o conselho relutantemente, mas já que ele era um sábio... Passada uma semana as coisas pioraram. Cada vez que o bode se virava, os seis moradores tinham que mudar de lugar. Era impossível dormir. A senhora em prantos, resolveu voltar ao sábio. "Estou muito pior do que antes" disse ela e lhe contou toda a história.

Ele mais uma vez alisou a barba, pensou um pouco e perguntou: "A senhora tem galinhas?". "Sim", ela disse, "mas o que isso tem a ver com o meu problema?". "Eu sei o que fazer - leve as galinhas também para dentro de casa por uma semana e depois volte aqui". Mais céptica do que nunca, ela novamente seguiu o conselho do sábio. Após uma semana, histérica, ela voltou. "Você é louco", disse ela. "Os seus conselhos não valem nada. Agora é impossível viver em minha casa. O bode se vira, as galinhas voam, os hóspedes tossem, as crianças acham penas na sopa e eu chateio-me todos os dias com meu marido. É tudo culpa sua!". Calmamente o sábio alisou sua barba, pensou mais um pouco e disse: "Cara senhora, tente mais uma coisa quando voltar para casa. Retire as galinhas. Retorne aqui em uma semana". "Esse homem maluco", pensou. Mas por via das dúvidas, decidiu seguir o conselho pela última vez. Após uma semana ela voltou. "Como se sente, minha senhora?" ele perguntou. "Isto é ridículo, mas me sinto um pouco melhor agora que as galinhas estão fora da choupana". Ele ouviu o comentário e disse: "Tenho a solução final para seu problema. Tire o bode". A senhora tirou o bode e viveu feliz para sempre com seu marido, crianças e sogros."
É desta maneira que negociadores experientes conseguem levar vantagem em seus negócios. Eles criam dificuldades artificiais (o bode) e lentamente vai retirando uma por uma, dando a impressão que está fazendo uma concessão dolorosa. Experimentem utilizar esta técnica ficará surpreendido com os resultados.

sábado, 22 de janeiro de 2011

A parábola dos pães

Dois mercadores haviam terminado de realizar suas vendas e estavam voltando à sua cidade. Um deles era um negociador eficiente e eficaz, que sempre procurava obter o máximo possível para si, mas sempre com justiça. O menor caminho que existia até sua cidade passava por um deserto. No meio do caminho encontraram um Sultão que tinha sido assaltado e estava faminto. Assim que os avistou foi logo dizendo: "Vocês têm algo que eu possa comer? Vou retribuir em ouro tudo o que me fornecerem". Um dos mercadores disse: "Tenho comigo cinco pães, mas preciso comer ao menos parte deles até chegar à próxima cidade". O outro complementou: "E eu possuo apenas três, mas também posso reparti-los". "Óptimo, disse o milionário, quando chegarmos à cidade darei oito moedas de ouro em troca dos pães". Assim foram andando até que finalmente atingiram o seu destino. Assim que lá chegaram os dois foram recompensadas. Ao que fornecera três pães foram entregues três moedas de ouro, ao outro cinco.

Na sua opinião, a divisão foi justa?

Pois bem, aquele que entrara com cinco pães, o negociador eficiente e justo, não concordou. "A divisão não está correcta. Eu tenho direito a sete moedas e meu companheiro de viagem a apenas uma", afirmou. Nem o Sultão nem o outro mercador entenderam a lógica da nova divisão. Ambos exigiram uma explicação, pois se um entrara com cinco pães e o outro com três era justo que este fosse o número de moedas destinadas a cada um. A nova divisão proposta à primeira vista parecia um despropósito. Calmamente o primeiro mercador explicou ao xeique e ao outro viajante. "Enquanto andávamos pelo deserto, cada vez que queríamos comer dividíamos os pães em três partes. Destinávamos então uma a cada um de nós. Pois bem, o meu companheiro que possuía três pães, ao dividi-los contribuiu na realidade com nove pedaços. Eu que estava de posse de cinco, contribui com quinze. Os nove pedaços fornecidos pelo nosso companheiro, mais os quinze que forneci totalizaram vinte e quatro pedaços. Como sempre que um de nós comia um pedaço de pão, todos os demais também os consumiam, na realidade tocou a cada um, um terço dos vinte e quatro pedaços, ou oito pedaços de pão. Pois bem, nosso companheiro de viagem que entrara com três pães, ou nove pedaços e comera oito, na realidade somente contribuiu com um pedaço para o consumo do xeique. Eu que possuía cinco pães ou quinze pedaços também consumi oito. Por isso, na realidade, forneci sete para saciar a fome do Sultão. É justo, portanto, que as moedas sejam divididas desta forma, ou seja, a mim tocam sete moedas e ao meu companheiro de viagem uma". Fascinado o Sultão entregou as sete moedas ao matemático. Como forma de não frustrar o outro viajante deixou-o ficar com as três que lhe destinara originalmente.